quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

"é dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente". Drummond


sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

sorzim.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

carnavalização, um viva pra ela!

O carnaval é a interrupção da vida cotidiana. É onde acontece avesso. É uma paródia à vida comum. É a inversão de papéis onde o rico pode ser pobre e o pobre pode ser rico. Onde o homem pode ser mulher e a mulher homem. É a quebra.
O carnaval é uma festa especial de espírito dionisíaco-avassalador. Especial pois é regida pela liberdade sentimental de todas as pessoas que participam do jogo. Não tem limites. Nele, os locutores são interlocutores ao mesmo tempo. Não há lei.
A quebra, a inversão de papéis, faz com que o sujeito tenha um espaço para exercitar sua utopia, para ser livre. E, depois, voltar renovado à sua realidade diária e dura
.Nesse tempo, onde acontece a transgressão, o sujeito tem essa sensação para não ser de nada ou tudo, de ninguém, tendo um certo alívio, para descansar a alma e depois poder retornar renovado e transformado para seguir novamente sua vida comum.


"A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim"

(a felicidade - vinícius e tom).