quarta-feira, 18 de novembro de 2009

o nome é baby.






"Maria Bethania, please send me a letter
I wish to know things ae getting better
Better, better, Beta, Beta, Bethania" - Caê.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Grace Kelly no Rio de Janeiro.







Ela também esteve por aqui, em Ipanema.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Twiggy no Rio de Janeiro em 1967.


Em Copacabana.


Em direção ao Arpoador.


Na rua do Ouvidor.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

postcards from italy.




Quando eu vou falar, você não deixa
E sempre vem a mesma queixa.
Diz que eu desafino, que eu não sei cantar.
Você é tão bonita, mas sua beleza também pode se enganar. - Tom

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

a praça, a montanha, duas nuvens no céu.







arco íris do toquinho na terra do sol e da chuva fora de época.

Eles eram só quatro e começaram de um tanto assim:



Aí eles lembraram do Noel:



Aí cantaram uma bossa de um moço que não era da bossa:



Aí eles decidiram começar a acabar com essa saudade toda:



Homenagearam a cidade maravilhosa:



Tiraram um retrato:




Começaram a sambar e pularam pra cinco:




Um foi para o Rio de Janeiro:



Lá lembrou do João, do Tom:



e do Vininha também:



o velho saravá!:



Estudou o be-a-bá:




Os outros chegaram e começaram a lembrar da infância querida junto com a ilustre presença do Pato Donald:




Depois disso ensaiaram alguns passos pra gafieira:



E fecharam tudo isso colocando tudo na Roda Viva:



Foi lindo demáz! ;~.

domingo, 16 de agosto de 2009

Pra viagem, por favor.

Andando de bicicleta pela cidade por esses dias, me deparei a um outdoor com propaganda de algo que parecia impossível de acontecer por aqui de tãaaao específico que é: um show do Miele e Os Cariocas.

Os Cariocas já tinha visto com o show lindo da Miúcha envolvido pelos vitrais do Theatro José de Alencar, mas o Miele, nunquinha achei que poderia apreciar assim, ao vivo, sem me desesperar fazendo contas para uma viagem quase que continental.

Ao chegar no local, fiquei papeando por mais ou menos uma hora com Andrei, amigo russo meu, também apreciador do amor, do sorriso e da flor, sofrendo ao som de uma banda que tentava ensaiar algumas bossas. Chegou então para nos servir, um garçon daqueles antigos,de uniformezinho amassado, sapatinho social com um monte de copos na mão. Logo perguntei:

- O show do Miele vai começar a que horas?
- Está marcado para às 23, senhor.

Decidi pedir uma cerveja, era sexta né? Miele e tal, combinava. Enquanto o Andrei estava escolhendo o que queria pedir e dialogando com o garçon, que a esta altura já não era mais o garçon, mas o Pedro, eu já sentia aquele gostinho na minha boca ;~.

- Qual cerveja tem? Disparei na primeira oportunidade.
- Skol, Antárctica e Brahma.

Entre a Skol e a Antárctica fiz a pergunta básica:
- Qual é a mais gelada?
Ele olhou bem para mim. Titubeou até, mas respondeu com um ar sincero, talvez o mais sincero de todas as sinceridades dos últimos tempos, coisa mesmo de irmão para irmão:

- Nenhuma. Não posso mentir pra você - e sorriu.
Perguntei novamente:
- Nenhuma gelada, como assim? - Nenhuma gelada, senhor. Posso trazer até um balde de gelo, mas você sabe né? - e me deu uma piscadela.

Nossa, fiquei até sem chão. Como assim? Miele, ventinho gelado e ... cerveja quente??? Pedi uns minutos para pensar, pois o choque tinha sido muito grande. Nesse meio tempo o show começou. Eu esqueci a cerveja com as brincadeiras do Miele.

Após umas duas primeiras músicas, Pedro voltou e me perguntou:
- E aí, senhorito? Posso trazer a sua cerveja?
- Ah, Pedro, quente não dá. Quente vai estragar o fim de semana. Não preciso nem dizer que ele fez assim com a cabeça e concordou.

Depois dessa, fiquei até com mais esperança desse mundo das balelas. Se um garçon tinha me dito, perigando perder o emprego, que a cerveja estava quente, o mundo nem estava acabado.

Bom, no show o Miele contou mil anedotas. Desafinado que só, mentiu idade, falou de Carmen e Cauby e até contou a história da Lígia do Tom. A coisa mais linda, claro, mesmo que cafajeste. Pra quem não sabe, Lígia era esposa de um grande amigo de Tom, o escritor Fernando Sabino e para não magoar o amigo e paquerar a moça, escreveu a letra mentirosa de Lígia. Segundo Miele, quase que ele mesmo deu para o Tom, pois era mesmo muito charmoso o jeito dele, ainda mais cantando uma música tão linda como essa. Era mesmo covardia ;~.


Esse rapaz cantando Lígia. Dá o play e sente a covardia.


Ligia.mp3



domingo, 9 de agosto de 2009

um arco-íris no ar.








"É de manhã, vem o sol, mas os pingos da chuva que ontem caíram, ainda estão a brilhar. Ainda estão da dançar ao vento alegre que me traz esta canção. Quero que você me dê a mão, vamos sair por aí, sem pensar no que foi que sonhei, que chorei, que sofri, pois a nova manhã já me fez esquecer. Me dê a mão, vamos sair pra ver o sol" - Tom e Dolores.

sábado, 18 de julho de 2009

one single night with you , litlle.


Você só dança com ele, diz que é sem compromisso. É bom acabar com isso, não sou nenhum Pai João. Quem trouxe você foi eu, não faça papel de louca, pra não haver bate-boca dentro do salão. - Chico.

domingo, 12 de julho de 2009

do céu e ... das rosas.

Morena Rosa já tinha dito: Joãozinho, não deixe de ir ao Jardim Botânico, visite o Jardim Japonês, a Estufa, cada pedacinho daquele mundo encantado, tome um café no espaço Tom Jobim, não esqueça! Tente um dia ensolarado!

O dia estava assim, nubladinho, mas com frestinhas de sol. No caminho do ônibus, após passar pelo Centro, Catete, Laranjeiras e Botafogo, cheguei ao Humaitá e logo avistei o Cristo, lá em cima, lindão e de braços abertos.

Durante uns dez minutos o ônibus seguiu pela avenida Jardim Botânico com ele sempre à direita. Acidentalmente desci numa parada antes da apropriada, mas tive o imenso prazer de conhecer o vizinho do Jardim, e também abençoado pelo Sovaco Cristão, Parque Lage. Lindo, repleto de plantas e árvores com uma casa monumetal, antiga, no seu centro, em qual a escadaria de entrada dava de frente para uma pequena fonte desativada.


Segui a pé ao Jardim. Entrando lá tive aquela impressão de estar com 6 anos novamente, esperando meu pai vir atrás, arrastando sua bicicleta para passearmos no parque. Quase abanei minhas mãos com os dedinhos solotos como fazia antes soltando de mim um monte de coisa que eu nem sei dizer agora.


Morena, o Jardim Botânico é lindo e imenso! Nunca tinha visto uma Vitória Régia de perto! Elas parecem barcos! Os Baobás centenários me fizeram procurar Pequenos Príncipes espalhados por ali. Não cheguei a ver nenhum, mas quase me larguei no lago para encostar na Vitória Régia. A vontade de buscar plantinhas para colocar no cabelo foi grande, mas só consegui achar folhinhas pelo chão. Peguei uma pra você e vamos colher juntos outras na primavera.

Como sempre, desorientado, depois de muito caminhar, de perguntar três vezes ao mesmo segurança o caminho e chegar a desistir, já me encaminhando para a porta de saída, acabei encontrando o Espaço. Entrei naquela atmosfera mágica, cheia de pessoas e criancinhas andando. Olhei para o céu para agradecer e vi, entre as árvores, o Cristo lá em cima, com os braços ainda abertos com a única faixa de sol do dia o iluminando. As folhinhas voando no chão, o cheiro de chuva aumentando fez com que eu ficasse ainda mais emocianado. Queria ter tirado foto dele, mas a bateria da Rolleyflex já tinha acabado.

Me encaminhei para uma casinha, uma espécie de sede do Espaço. Senti meus olhos sorrindo, acho que fiquei todo vermelho na hora. Na parede a explicação: estava ali uma instalação sobre Dorival Caymmi, o menino das rosas. Começou a tocar 'Aaaaaai, mas que saudades eu tenho da Bahia... Ah, seu eu acreditasse no que mamãe dizia...'. Era um vídeo lindo, com depoimentos, explicações do próprio Caymmi, fotos e músicas executadas por grandes artistas da Bossa e do Samba.

As fotos dispostas em cima do balcão, em preto e branco, tinham imagens dele com sua família, acompanhado pelos irmãos ainda criancinha e, após, pelos filhos e esposa. Ainda sem acreditar, andando acho que empurrado pela música, acompanhando aquele material lindo que estava ( e que espero que ainda esteja) ali, disponível para quem quisesse ver, ler e sentir. A curodoria de responsabilidade de pessoas com sobrenomes importantes, Morais, Jobins e Himes com a colaboração de alguns Caymmi, autenticava a proveniência do material exposto.

No último balcão, protegidas também por vidros, estavam dispostas fotos de Caymmi com Carmem, Vinícius e Tom além disso uma foto com dedicatória especial de Carmem e cartas de Vininha e Tom para Dorival. Gente, não eram só cartas. Ao ler eu juro que senti o Tom, aquele mesmo compostitor das coisas lindas brincando com seu amigo e de Vininha, reclamando com seus diminutivos sobre as coisas da vida. Eu senti mais do que nunca a alma diária que os meninos da Bossa também colocavam em suas músicas. Além de lindas, as músicas agora certamente se justificavam, com provas escritas e expostas pra quem quisesse ver, assim como eu achava, como histórias de amor de pessoas que realmente tinham vivido aqueles momentos cheinhos de bossa ;~.

Anteontem, dez de julho, foi o dia de comemoração dos 51 anos da Bossa Nova. Essa data, como havia dito antes, foi escolhida a partir do dia oficial de gravação do take final de 'Chega de Saudade', música que não deve haver um único brasileiro no mundo que não tenha um dia assobiado ou cantarolado, mesmo trocando as palavras e a sequência das estrofes até mesmo sem saber seu nome. Aqui, eu divido com vocês algumas das fotos que consegui, com as cartas e um videozinho, já que não posso emprestar/mostrar a todos, devido à lonjura, o compacto com '...Das rosas' e 'Inútil Paisagem' que minha mãe resgatou da juventude dela na casa de minha avó, esses dias passados, para cantarolar na minha vitrolinha desafinada.



Para quem não fazia aniversário em dia importante, até que me saí bem tendo a Bossa como companheira e, de quebra, ganhar este ano de presente a herança mais linda dos últimos tempos: um kit herdado da juventude de mamãe com os compactos das minhas preferidas de Dorival com Tom e Chico com Nara.

domingo, 5 de julho de 2009

paquerinha.

domingo, 28 de junho de 2009

devia ser domingo.

ô preguiça!

terça-feira, 23 de junho de 2009

copacabana de sempre.

- Joãozinho da Frô, você não vai ao Rio de Janeiro antes de entregar essa novela?
- Vou não, Morena Rosa. Muito caro, quero ir lá pra passar de mês. E não dá tempo.

Morena Rosa, você tinha razão. Eu devia ter ido ao Rio de Janeiro Lindo durante a novela. Isso foi no fim do ano de 2008. Se arrependimento matasse eu estaria mortinho da Silva. Lá no céu ao lado de Vinícius praguejando. Imagino que fosse algo assim: 'Joãozinho, meu benzinho, como que você faz uma afronta dessas?'

Depois de caminhar alguns quarteirões passando por Drummond, Caymmi e ser abençoado pelo mar azulzinho de Ipanema entro à direita na rua do Vininha, antiga Rua Montenegro, onde muita coisa aconteceu, e chego ao número 127. Toca do Vinícius. Uma livraria pequenina, mas cheia daqueles livros que um dia eu só tinha visto fotos pela internet e desejado poder sentir o cheirinho antes de comprar. Um senhor distinto, de fala detalhada, e olhar desconfiado, me cumprimenta. Depois de algumas palavras trocadas, pergunto: Pode tirar foto? (foto para olhar todo o dia daqui e ver que aquilo existe: livros em japonês sobre a Bossinha). Logo emendo ao senhor falando que tinha estudado o assunto e escrito um trabalho longo sobre ele. A desconfiança magicamente se transforma em alívio: Excelente escolha! ele dispara. Você está em casa! Faça fotos do que quiser! - seguidos de um sorriso aberto satisfeito.

A emoção e identificação foi tão grande que eu não fiz as fotos. Ele me prometeu numa segunda visita, que eu não consegui fazer, uma foto com o disco da Canção do Amor Demais (o chamado primeiro disco de Bossa Nova, de Elisete Cardoso cantando músicas da tríade da Bossa) e a fita master do disco! - não achei nem que isso existia quanto mais que o senhor distinto que tinha me olhado torto ao entrar na loja ia me deixar tocar. Somente perguntei meio trêmulo: o senhor me indica algum lugar a visitar para ver Bossa? (a Bossa foi pequena até no Rio, minha gente). Ele explica, detalhadamente, o caminho, assim como gosto, cheio de tensão, fazendo cada ponto final valer um ponto final: Você indo daqui, pela orla, passando Ipanema, Copacabana. Imagine o Copacabana Palace. Imaginou? Aquele hotel grande? Então. Imaginou? Você passando o Copacabana Palace vai encontrar uma rua chamada Duvivier. Duvivier ( de tão tenso procurei neste momento meu caderninho para anotar o endereço, mesmo sabendo exatamente onde ele se localizava). Não precisa anotar. É importante que você preste atenção no que eu digo ( e mais uma expressão tensa no rosto), depois eu mesmo anoto tudo isso para você. Só consegui mexer a cabeça positivamente. Ele prosseguiu: Entrando na Rua Duvivier, à esquerda você avistará uma ruela à esquerda. Na Duvivier à esquerda, poucos metros. Você está imaginando? Então, do lado direito terá um prédio residencial e do lado esquerdo um prédio com lojas embaixo. Misto. Entendeu? Na Duvivier você entra e tem uma ruela à sua esquerda. Com quatro lojas à direita e um prédio residencial à esquerda e imagine, isso era o Beco das Garrafas.

Pausa.

Gente, depois dele falar da fita master eu já estava assim, sem sentir nada do pescoço pra baixo. Ao pronunciar B e c o d a s G a r r a f a s um 'plim!' instantâneo tocou na minha cabeça. Isso mesmo, um 'plim', parecendo filme. Fiquei todo quentinho, sentindo minha própria respiração. Beco das Garrafas! Onde tudo acontecia! Pisar nas exatas mesmas lajotas que João, Tom, Vininha, Carlinhos, Menescal, Bôscoli, Nara e muitos outros haviam pisado!

Pra quem não sabe, o Beco das Garrafas, essa ruelinha rodeada por um prédio comercial e um prédio residencial abrigava quatro pequenos night clubs, inferninhos, onde todos os novos artistas (ou seja, artistas da Bossa) queriam apresentar suas canções. Ele explicou que lá também tinha uma outra livraria, maior, com outros artigos de Bossa. No domingo seguinte andei novamente, agora pro Copa. Ao contrário, sentido Leme. Vendo as famílias nos skates, patins e bicicletas. Olhando o Pão de Açúcar. E cheguei à Duvivier com aquela respiração ansiosa. Uma rua linda, meio deserta, em paz, apesar de ser quase esquina com a Nossa Senhora de Copacabana (cheia até de madrugada), com o solzinho entrando pelas frestinhas das árvores. A livraria estava fechada, mas as flores do prédio residencial, do lado esquerdo da ruelinha coloriram e aqueceram a tristezinha do local. Satisfeito andei de lá pra cá sentindo aquele cheiro de fim de outono sentindo as vibrações de tudo o que um dia tinha passado por ali. Escutei até um pouco daquele barulhinho de movimento do lado de fora e ,ao fechar os olhos, senti a noite do ano 1959 como se estivesse sentadinho numa sarjeta, olhando de frente aquele vai e vem das pessoas.

Pra ver escutando: 01 Copacabana de sempre.mp3










quarta-feira, 17 de junho de 2009

pra quem ainda não foi ou tem saudade do abençoado sovaco cristão.















Vou fazer minha casa
Do alto de uma canção
E agradecer a Deus pai
A sobrante inspiração

Sob a axila do cristo
Neste sovaco cristão
Vou fazer a minha casa
No alto do chapadão

E vou dar festa bonita
Com bebida e com garçon
E ao Lufa que foi amigo
Dou champagne com bombom

Vou fazer a minha casa
No centro do ribeirão
Quero muita água limpa
Pra lavar meu coração

Minha casa não terá
Nem sábado, nem domingo
Todo dia é dia santo
Todo dia é dia lindo

(Chapadão, Tom)


terça-feira, 16 de junho de 2009

cheirinho de grama molhada mesmo sem chuva.

"Dindi (1959). Composta no sítio de Tom, Poço Fundo, localizado no município de São José do Vale do Rio Preto, região serrana do Rio de Janeiro. Ao contrário do que muitos pensam, não era apelido de uma mulher, mas uma corruptela de Dirindi, trilha ecológica contornada por um rio, cujas águas Tom não sabia por onde iam". (JOBIM, Ana. Mundo, Monde, Mondo; p.42).


segunda-feira, 9 de março de 2009

ain't got no, i've got life.

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.


poema de natal, vininha, 1960.

terça-feira, 3 de março de 2009

simples e complexo.


‘A bossa nova foi o resultado de uma série de tentativas de compositores, desde a década de 30, no sentido de acrescentar à música popular um tipo de sofisticação musica que só era conhecia no choro. Não se pretendia, é verdade, colocar no samba as modulações de choro, mas outras características que tirassem o samba da condição de música fácil. Isso, sem dúvida, foi conseguido pela bossa nova. O samba ficou mais rico em harmonia e teve uma mudança nas letras e na melodia. No ritmo, porém, o processo foi inverso. A bossa nova simplificou de tal maneira o ritmo do samba que um velho problema – a incapacidade dos bateristas estrangeiros de executarem o gênero foi resolvido [...] O esforço para sofisticar o samba partia de compositores que tentavam usar recursos obtidos tanto na música erudita quanto no jazz norte-americano’”. (TÁVOLA. Artur da. Pág. 45)

o beijo, klimt, 1907. a simplicidade não exclui a complexidade ;~.