sábado, 18 de julho de 2009

one single night with you , litlle.


Você só dança com ele, diz que é sem compromisso. É bom acabar com isso, não sou nenhum Pai João. Quem trouxe você foi eu, não faça papel de louca, pra não haver bate-boca dentro do salão. - Chico.

domingo, 12 de julho de 2009

do céu e ... das rosas.

Morena Rosa já tinha dito: Joãozinho, não deixe de ir ao Jardim Botânico, visite o Jardim Japonês, a Estufa, cada pedacinho daquele mundo encantado, tome um café no espaço Tom Jobim, não esqueça! Tente um dia ensolarado!

O dia estava assim, nubladinho, mas com frestinhas de sol. No caminho do ônibus, após passar pelo Centro, Catete, Laranjeiras e Botafogo, cheguei ao Humaitá e logo avistei o Cristo, lá em cima, lindão e de braços abertos.

Durante uns dez minutos o ônibus seguiu pela avenida Jardim Botânico com ele sempre à direita. Acidentalmente desci numa parada antes da apropriada, mas tive o imenso prazer de conhecer o vizinho do Jardim, e também abençoado pelo Sovaco Cristão, Parque Lage. Lindo, repleto de plantas e árvores com uma casa monumetal, antiga, no seu centro, em qual a escadaria de entrada dava de frente para uma pequena fonte desativada.


Segui a pé ao Jardim. Entrando lá tive aquela impressão de estar com 6 anos novamente, esperando meu pai vir atrás, arrastando sua bicicleta para passearmos no parque. Quase abanei minhas mãos com os dedinhos solotos como fazia antes soltando de mim um monte de coisa que eu nem sei dizer agora.


Morena, o Jardim Botânico é lindo e imenso! Nunca tinha visto uma Vitória Régia de perto! Elas parecem barcos! Os Baobás centenários me fizeram procurar Pequenos Príncipes espalhados por ali. Não cheguei a ver nenhum, mas quase me larguei no lago para encostar na Vitória Régia. A vontade de buscar plantinhas para colocar no cabelo foi grande, mas só consegui achar folhinhas pelo chão. Peguei uma pra você e vamos colher juntos outras na primavera.

Como sempre, desorientado, depois de muito caminhar, de perguntar três vezes ao mesmo segurança o caminho e chegar a desistir, já me encaminhando para a porta de saída, acabei encontrando o Espaço. Entrei naquela atmosfera mágica, cheia de pessoas e criancinhas andando. Olhei para o céu para agradecer e vi, entre as árvores, o Cristo lá em cima, com os braços ainda abertos com a única faixa de sol do dia o iluminando. As folhinhas voando no chão, o cheiro de chuva aumentando fez com que eu ficasse ainda mais emocianado. Queria ter tirado foto dele, mas a bateria da Rolleyflex já tinha acabado.

Me encaminhei para uma casinha, uma espécie de sede do Espaço. Senti meus olhos sorrindo, acho que fiquei todo vermelho na hora. Na parede a explicação: estava ali uma instalação sobre Dorival Caymmi, o menino das rosas. Começou a tocar 'Aaaaaai, mas que saudades eu tenho da Bahia... Ah, seu eu acreditasse no que mamãe dizia...'. Era um vídeo lindo, com depoimentos, explicações do próprio Caymmi, fotos e músicas executadas por grandes artistas da Bossa e do Samba.

As fotos dispostas em cima do balcão, em preto e branco, tinham imagens dele com sua família, acompanhado pelos irmãos ainda criancinha e, após, pelos filhos e esposa. Ainda sem acreditar, andando acho que empurrado pela música, acompanhando aquele material lindo que estava ( e que espero que ainda esteja) ali, disponível para quem quisesse ver, ler e sentir. A curodoria de responsabilidade de pessoas com sobrenomes importantes, Morais, Jobins e Himes com a colaboração de alguns Caymmi, autenticava a proveniência do material exposto.

No último balcão, protegidas também por vidros, estavam dispostas fotos de Caymmi com Carmem, Vinícius e Tom além disso uma foto com dedicatória especial de Carmem e cartas de Vininha e Tom para Dorival. Gente, não eram só cartas. Ao ler eu juro que senti o Tom, aquele mesmo compostitor das coisas lindas brincando com seu amigo e de Vininha, reclamando com seus diminutivos sobre as coisas da vida. Eu senti mais do que nunca a alma diária que os meninos da Bossa também colocavam em suas músicas. Além de lindas, as músicas agora certamente se justificavam, com provas escritas e expostas pra quem quisesse ver, assim como eu achava, como histórias de amor de pessoas que realmente tinham vivido aqueles momentos cheinhos de bossa ;~.

Anteontem, dez de julho, foi o dia de comemoração dos 51 anos da Bossa Nova. Essa data, como havia dito antes, foi escolhida a partir do dia oficial de gravação do take final de 'Chega de Saudade', música que não deve haver um único brasileiro no mundo que não tenha um dia assobiado ou cantarolado, mesmo trocando as palavras e a sequência das estrofes até mesmo sem saber seu nome. Aqui, eu divido com vocês algumas das fotos que consegui, com as cartas e um videozinho, já que não posso emprestar/mostrar a todos, devido à lonjura, o compacto com '...Das rosas' e 'Inútil Paisagem' que minha mãe resgatou da juventude dela na casa de minha avó, esses dias passados, para cantarolar na minha vitrolinha desafinada.



Para quem não fazia aniversário em dia importante, até que me saí bem tendo a Bossa como companheira e, de quebra, ganhar este ano de presente a herança mais linda dos últimos tempos: um kit herdado da juventude de mamãe com os compactos das minhas preferidas de Dorival com Tom e Chico com Nara.

domingo, 5 de julho de 2009

paquerinha.