quarta-feira, 17 de outubro de 2007

o poita-bossa.

João Gilberto era um poitêro de marca maior. Depois de passar sua juventude no interior da Bahia embaixo de uma árvore cantando e tocando violão, ao sair de Juazeiro o aspirante a Lúcio Alves foi para Salvador tentar a vida na música.
Lá, se instalou na casa de parentes e ficou fazendo um bico aqui outro acolá. Nada de muito.
Uns anos mais tarde, já no Rio, para onde foi de emprego arranjado, contratado para ser crooner do conjunto vocal Garotos da Lua, morou em pelo menos três casas de amigos por tempo ideterminado. Era assim: de quando em tanto aparecia na casa de alguém para ficar alguns dias e só saia obrigado ou quando o amigo mudava. Aí, ia pra casa de qualquer outro que o acolhesse. Qualquer amigo tipo Lúcio Alves. Mas nem Lúcio Alves aguentou por tanto tempo.

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